A cegonha traz a primavera.
Contigo, um novo ciclo.
Uma nova etapa.
Levanta a cabeça, cegonha!
Tu que constróis o ninho, que voas longínquo, que nos visitas.
Deslumbra-me. Vejo-te atrás do muro do silêncio, às vezes, constatando os enredos internos de cada um.
Será que estarás quando chegar?
Vou por os pés pelo caminho.
Não sei por onde começar.
Providenciará, teremos o que precisamos.
Mesmo quando nos desiludimos.
Mais conquistas chegarão.
Mais sonhos virão.
As estrelas estão próximas.
A lua cresce e fica cheia.
A vida também.
Virá a esperança.
É urgente o amor.
Não estamos sozinhos.
Um cantarolar leve e suave sobre o caminho num ramo a florescer.
Vêm as palavras.
Cruzamos olhares.
Já não me importo com o desconhecido.
Há perdão, há paz, há renascimento.
Virá a primavera, o ninho, um novo ciclo, o aconchego, a ternura.
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