Ouço a dor da separação.
Ouço a exaustão de cada um, numa sociedade sempre acelerada.
Ouço a falta de tempo, o burnout, o stress.
Ouço o grito de que está tudo pior.
Ouço a dor de quem perdeu um ente querido.
Ouço que um familiar é narcisista.
Ouço o desespero dos adolescentes que se aborrecem com tudo.
Ouço os pais aflitos.
Ouço a culpabilidade patológica.
Pode não ser esta época de Natal que traz o aconchego, o amor, a paz. Pode até reforçar certos sofrimentos e lembranças dolorosas.
Há necessidades humanas universais, como conexão, bondade, confiança, paz ou liberdade. Que, ao saber reconhecer os meus sonhos e necessidades, consiga concretizá-los, contrariando a infelicidade que surge quando não estou atento a mim e ao que me rodeia.
Desejo aprender.
Desejo aprender a brincar.
Desejo ser gentil comigo mesmo.
Desejo poder descansar no amor.
Desejo ser livre.
Desejo sensibilidade empática.
Desejo ser amado.
Desejo ALEGRIA.
Desejo PAZ.
Desejo AMOR.
Detenho-me na frase de José Tolentino Mendonça: "Não fomos feitos para avistar a cinza dos escombros, mas novos céus e nova terra."
A busca de algo novo implica questionar as ideias e estruturas atuais. Requer alguma crítica para transformar o existente e a rotina.
A mudança dos processos internos é longa. Implica tempo, encontros e desencontros, acontecimentos fecundos, traumáticos e/ou mortos. Muitas vezes, incerta, mas que nos impele ao caminho.
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